Como eu gosto disto...
Colbie Caillat - Bubbly
IT STARTS IN MY TOES
MAKES ME CRINKLE MY NOSE
WHERE EVER IT GOES
I ALWAYS KNOW
THAT YOU MAKE ME SMILE
PLEASE STAY FOR A WHILE NOW
JUST TAKE YOUR TIME
WHERE EVER YOU GO
Como eu gosto disto...
Colbie Caillat - Bubbly
IT STARTS IN MY TOES
MAKES ME CRINKLE MY NOSE
WHERE EVER IT GOES
I ALWAYS KNOW
THAT YOU MAKE ME SMILE
PLEASE STAY FOR A WHILE NOW
JUST TAKE YOUR TIME
WHERE EVER YOU GO



Ludwig Kirchner
A M. foi a minha primeira amiga em Lisboa! Tinha eu acabado de chegar da minha infância no campo, onde a liberdade quase não tinha limites, quando a conheci, no primeiro dia de aulas. Ficámos logo muito amigas, as melhores. Vivíamos perto uma da outra, voltávamos juntas da escola e foi com ela que partilhei todos os anos até ao fim do liceu. Foi uma amiga sempre, mesmo que depois nos tenhamos separado um pouco, ela sabia sempre quase tudo sobre mim e ainda hoje, quando nos vemos, ficamos horas à conversa… já é feitio, se havia repreensão a fazer-nos na escola era sempre a mesma: faladoras.
Ontem comprei um livro. Como gosto de comprar livros! De os percorrer a todos com os dedos, nas estantes das livrarias, nas mesas de destaque, e de os escolher com cuidado, de os pegar devagarinho, como se fossem quebráveis, como se fossem um tesouro, que o são. Os meus livros são o meu maior tesouro, muito mais do que as jóias que já vou tendo, muito mais do que outras coisas. Gosto de passar horas a ler sozinha ou de ler num colo, de ler a ouvir música clássica, porque era assim que passava os fins-de-semana ao lado do meu pai. Gosto de ler e de rir a ler, de sorrir, de chorar, de fazer ‘ah, nem acredito!’, de me rever ali, de me outrar nas leituras e de me perder, de voar com a leitura e de me prender a um livro.

Fica ancorado em mim! Solta o teu corpo e desce ao cais do desejo, onde o limite é o nada. Desenha com teus dedos em meu corpo o mapa dos nossos sentidos e deixa conhecer-nos, percorrer-nos como se fossemos país sem fronteiras, mar de infinito horizonte. Revela-me o segredo deste amor, onde a pátria é um só corpo e os teus olhos verdes o alto mar.
(Kátia Guerreiro – Ancorado em Mim - Poema de Ana Vidal)
Foste o mar e o veleiro
muito mais que o mundo inteiro
Ficaste ancorado em mim

Como num romance
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz



(Food glorious food)

(Primeiro andamento)
(Segundo andamento)
(terceiro andamento)
Ontem, fizemos de uma sala de estar um salão de baile! O codornizes voltou a sentar-se ao piano, primeiro a medo, depois como um artista, e eu aceitei um desafio:
- Dance comigo! Dance!
E dancei pois. Quatro bailarinos... eu e os três porquinhos. Uma festa! Ouvir o ritmo, ensinar o passo, acertá-lo, esquecendo os bons palmos de altura que nos afastavam, fazer piruetas, rodopiar, saltitar e improvisar muito, que nestas sonatas tudo se pode menos pisar! E eles sabiam isso! E lá estivemos mais de uma hora, de um lado para o outro, trocando de par, inovando a dança, acabando muitas vezes no chão, entre risos e cócegas. Descanso só no meu colo onde rodopiávamos mais do que nunca! E no fim, dançar abraçadinhos, ser chamada de 'querida' e cair em delícias com o conselho final:
- Se fechar os olhos, sabe ainda melhor!
Pois sabe! Fechámos os olhos e continuámos o baile...
Por fim, troquei um dos dançarinos pelo pianista e aí é que a valsa se dançou!
No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade...
No rancho fundo
De olhar triste e profundo
Um moreno conta as "mágua"
Tendo os olhos rasos d'água
Pobre moreno
Que de tarde no sereno
Espera a lua no terreiro
Tendo o cigarro por companheiro
Sem um aceno
Ele pega da viola
E a lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno
No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite nem de dia
Os arvoredos
Já não contam mais segredos
E a última palmeira
Ja na cordilheira
Os passarinhos
Internaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza
Enche de trevas a natureza
Nota: Esta música é para o D. - o moreno que está lá sozinho, no fim do mundo, chorando de saudade da sua morena. E para a morena que está cá, com a família e os amigos, mas que mesmo assim chora de saudade do moreno!

Saudade de um beijo e do desejo de um beijo. Saudades de ti e do teu corpo envolto no meu. Braços grandes e quentes, concha onde durmo, cabelos enredados nos meus, compridos de sereia azul, filha da maresia e da manhã quando acordas ao meu lado. Doce abraço, o teu, no meu, anjo caído em brancos lençóis onde o amor acorda e sussurra:
- Saudade.
(Mafalda Arnauth - Talvez se chame saudade)
Este doce recordar
Que amargamente me invade
Talvez que não tenha nome
Talvez se chame saudade.

Ontem, enquanto pensava ir ao Procópio, só me vinha uma ideia à cabeça: será que lá se pode fumar? Confesso que não imaginava aquele lugar sem as chaminés por cima dos habitués... Na verdade, acho que até perdia um pouco o encanto e o ambiente característico dos charutos, cigarrilhas, cigarros e cachimbos! E não é que se pode mesmo! Há coisas que ainda bem que não mudam... País de cigarro livre, já dizia o Garrett. 
Fotografia encontrada aqui.
Seguiram a estrela mais brilhante e chegaram ao presépio... já os pus mais perto das palhinhas do menino Jesus!
Nota: Dedico esta entrada às minhas irmãs, porque sabe bem passear com elas e recordar outras tantas tardes como estas!
A minha sala e a minha cozinha são os meus salões de baile favoritos, onde a pista está sempre aberta até altas horas da madrugada e a música varia conforme os amores e os humores! Esta não deixa de me contaminar e foi uma das primeiras que ouvi, mal começou 2008, acompanhada de uma boa ginjinha caseira, numa pista à beira-mar. É só ganhar balanço, que a dança nasce...
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Um poema que diz muito das minhas manhãs do fim do ano... em que era só abrir os olhos para ver o mar. Mas também diz muito das minhas manhãs de fim-de-semana em que gosto de ficar a 'preguiçar'. 
De onde vêm?