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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A pedido de uma família...


Há um abraço que nos enlaça e dançamos juntos, com os nossos olhos enredados no primeiro olhar da paixão.



Meus lindos olhos, qual pequeno deus
Pois são divinos, de tão belos os teus.
Quem, tos pintou com tal feição
Jamais neles sonhou criar tanta imensidão.

De oiro celeste,
Filhos de uma chama agreste
Astros que alto o céu revestem
E onde a tua história é escrita.

Meus lindos olhos, de lua cheia
Um esquecido do outro, a brilhar p´rá rua inteira.
Quem não conhece o teu triste fado
Não desvenda em teu riso um chorar tão magoado.

Perdões perdidos
Num murmúrio desolado
Quando o réu morava ao lado
Mais cruel não pode ser.

Este fado que aqui canto
Inspirou-se só em ti
Tu que nasces e renasces
Sempre que algo morre em ti
Quem me dera poder cantar
Horas, dias, tão sem fim
Quando pedes só pra mim
Por favor só mais um fado.


Nota: À M. que vai chorar a ouvir isto!

Só mais um fado...

Pode até ser
um dia sem sol e a noite sem lua
mas Lisboa sem o Tejo fica nua.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Passeio musical por Lisboa

Não gosto da chuva que cai irregular nestes dias de céu cinzento. Não uso guarda-chuva e corro por entre os passeios escorregadios, atravesso as avenidas num corropio de uma agitação citadina. Gosto mais de passear alumiada pelo sol da Primavera ou de mãos dadas com as folhas que caem no Outono. A chuva só ao fim-de-semana, nas tardes de lareira. Por isso, hoje, da minha janela vejo chover, vejo o mundo atarantado a fugir dela, enquanto eu vou passeando por Lisboa na voz de Ana Moura.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Micronarrativa (IV)


Saudade de um beijo e do desejo de um beijo. Saudades de ti e do teu corpo envolto no meu. Braços grandes e quentes, concha onde durmo, cabelos enredados nos meus, compridos de sereia azul, filha da maresia e da manhã quando acordas ao meu lado. Doce abraço, o teu, no meu, anjo caído em brancos lençóis onde o amor acorda e sussurra:
- Saudade.



(Mafalda Arnauth - Talvez se chame saudade)

Este doce recordar
Que amargamente me invade
Talvez que não tenha nome
Talvez se chame saudade.