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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cantinho da biblioteca (III)


Richard Wagner - Tristan und Isolde

dirigido por Georg Solti (21 October 1912 – 5 September 1997)

O livro que vão ler

Quis, desta vez, contar-lhes a história de um músico, de um desses homens que escrevem com um alfabeto de estrelas num riscado de cinco linhas, e destas arrancam as mais belas e estranhas harmonias, com se elas fossem as cordas de uma harpa.


in O piloto do navio fantasma - pequena história de Wagner e da sua música genial, Adolfo Simões Müller

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A menina dança?

A minha sala e a minha cozinha são os meus salões de baile favoritos, onde a pista está sempre aberta até altas horas da madrugada e a música varia conforme os amores e os humores! Esta não deixa de me contaminar e foi uma das primeiras que ouvi, mal começou 2008, acompanhada de uma boa ginjinha caseira, numa pista à beira-mar. É só ganhar balanço, que a dança nasce...
'A dança' - Matisse


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Contamíname, pero no con el humo
que asfixia el aire
ven, pero sí con tus ojos y con tus bailes
ven, pero no con la rabia
en los malos sueños
ven, pero sí con los labios
que anuncian besos.

Contamíname, mézclate conmigo
que bajo mi rama tendrás abrigo,
contamíname, mézclate conmigo
que bajo mi rama tendrás abrigo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Foi Natal na nossa casa...

Gosto do Natal. Do espírito, de estar com toda a família e com os amigos que já são família, das iguarias, de desembrulhar presentes… mas do que gosto mais é da magia que o envolve e que o ilumina. São os pequenos pozinhos de perlimpipim que sobrevoam estes dias e estas noites coloridas e tão quentinhas.

Na véspera de Natal, continuo a acordar com a mesma ansiedade de antes, mas a correria das vésperas é cada vez maior. O que significa que a espera é menor!

No primeiro Natal na nossa casa, olho para a minha árvore e sorrio, orgulhosa. Vejo os presépios de que tanto gosto, sei porque comprei cada um deles e são todos muito especiais. Os presentes, debaixo do abeto, vão crescendo e a vontade de os abanar e apalpar é imensa. Não sei que juízo me passou este ano pela cabeça para não o fazer. Consegui conter a curiosidade que só iria ser desfeita a 25, no chão, de sorriso aberto e cheia de borboletas e sonhos na barriga.

Este ano o Pai Natal veio muitas vezes! De há uns anos para cá é quase sempre assim. Começou a 16, em casa da Tia, onde as crianças ainda somos nós e onde pude recordar com muita saudade os Natais em casa do meu avô. Depois continuou a 23, num fim de tarde com a Madrinha. Um presente especial, num embrulho azul… uma ansiedade enorme para ver o que era… e quase chorei quando desembrulhei e vi - uma caixinha de música. Depois, foi esperar por todos os sítios onde parámos no Natal e nos sentámos à chinês, debaixo das árvores, a abrir os presentes. A praticar essa arte de desembrulhar, sem rasgar, contendo o entusiasmo para saber o que é. Acho que nesta arte ainda sou uma criança…

O Pai Natal foi generoso e, melhor do que tudo, dever ter lido a minha carta, mas também os meus sonhos. Pois os meus maiores desejos apareceram bem embrulhados e foram abertos com sorrisos e com beijinhos por baixo de azevinho. Também gosto de dar, gosto de escolher, mas também de fazer presentes, de os embrulhar e de enfeitar com laços e fitas, etiquetas e mensagens especiais. Gosto de ver os outros sorrir quando recebem os meus presentes. De dar doces aos gulosos, de escolher os livros pelos títulos, de dar aquilo que muito se deseja, de surpreender, de dar mantinhas à minha avó…

Nestes dias, gosto de passear de casa em casa, de sentar de mesa em mesa, de provar os sonhos de todos, de comer muitas rabanadas e coscorões, de pedir que me cortem o peru, de voltar à mesa, no fim da noite, e ficar a comer só por gula, gosto de ver os meus primos a desembrulhar os presentes e de saber que agora o Natal é mais deles do que meu. De deitar a cabeça no colo de alguém, de sentar à lareira, no banquinho de casa da Avó, e de relembrar quando o Natal era nosso e como foi sempre bom. De ir a casa dos meus pais na manhã de 25, para abrir com eles os presentes e de ver a cara da minha irmã sorrir, apesar de ser a senhora Scrooge do nosso Natal. De chegar e ver a porta da sala fechada, como o meu avô fazia, porque o Pai Natal podia ainda estar por ali, e de recordar as vezes que ele espreitava e dizia que não estava lá nada, mas estava sempre. De rir à gargalhada com essas cumplicidades e perdermo-nos em recordações tão felizes.

De passar a tarde a passear por aqui e por ali, de ir ter com os miúdos e brincar com as coisas novas. De estar em minha casa um bocadinho mais e saber que ali é Natal. Foi Natal na nossa casa, o primeiro… Agora é esperar pelo Ano Novo.


sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cais das codornizes (II)


À primeira vista é uma música de Chico César, que lembramos cantada pela Daniela Mercury, no seu Feijão com Arroz (1996). Mais recentemente, descobrimo-la cantada por Pedro Guerra num dueto com o autor... en bilingüe!

A voz da Daniela lembra as tardes de Verão, ao pôr-do-sol, num pátio virado à Berlenga... a versão do Pedro e do Chico recorda os últimos serões românticos e algumas danças de princípio de noite.



Quando o olho brilhou, entendi,
Quando criei asas, voei
Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, estava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A uma amiga

Há dias em que percebemos que a vida é feita de pequenos nadas, que rapidamente se convertem no quase tudo do nosso dia. São os pequenos gestos, sorrisos e abraços que nos confortam, que nos permitem celebrar a magia da vida ou onde nos deixamos nos dias de lágrimas.

Hoje escrevo aqui para agradecer um presente muito especial que recebi e que há muito, muito mesmo desejava - uma caixinha de música. Não se abre, apenas se dá à manivela e imaginam-se os músicos lá dentro a tocar e as bailarinas a dançar. De dentro vem a melodia da Flauta Mágica, de Mozart. Nada mais perfeito.