Hoje apaixonei-me pelo verde-azul do teu olhar,
pela leveza magia do teu chegar
pela leveza magia do teu chegar
após a ausência da tua desmedida
e intensa paixão.
Quem és,
de onde vens?
Esperei-te no cais,
na manhã de inverno-nevoeiro
em que chegavas de lá
do longe demais.
Quem és,
de onde vens?
Onde queres chegar?
Vem, podes chegar,
trazido pelas ondas do mar
de lá de longe.
Quem és,
de onde vens?
Eis-te aqui!
Chegado a mim,
trazendo do longe do horizonte
o amarelo-laranja do pôr-do-sol,
Vejo-te, sinto-te, toco-te...
E sei quem és,
de onde vens.
(M. Anaori)
3 comentários:
Quem anda longe nem sempre dá por isso. Às vezes, anda-se longe tão perto e perto tão longe!... Nada melhor do que um cais surgido de surpresa. Quem crê erroneamente ter conquistado planetas longínquos pode dar com a cabeça no molhe e acordar desse sonho para realizá-lo mais tarde. Já para quem andou realmente pelo mundo, nada melhor do que a terra firme, ainda que cause enjoo após muitos dias no mar. É ela a ponte que nos leva de volta às Penélopes que tecem e destecem enredos dia e noite, sem dormir. Com sorte, hão-de reconhecer-nos à chegada. E poderemos sentar-nos, com os pés sobre a água ou dentro dela, a comer deliciosos farnéis...
Um beijo grande para o meu cais mais firme e seguro.
Azul, verde. A dúvida causa ansiedade, mas estimula o desejo.
Verde, azul. è a cor do mar (e do olhar) numa tarde quente, veranil, mas linda, numa qualquer avenida do mar, num qualquer funchal, num qualquer atlântico.
Onde duas pessoas se sintam bem e vejam em azul e em verde o seu futuro e a sua eternidade.
Mário Pipopó
Pedro, deixas-me sem palavras! Esperemos que sejas sempre reconhecido! Quanto ao farnel, uma bom chocolate serve! Às vezes os manjares dos deuses são pequenos quasradinhos de nada: chocolate ou marmelada?
Mário pipopó: que estais por aí, além mar, a ver o mar, também ele verde-azul! Que sorte!Muito bonito o comentário! Adoro estes meus marinheiros!
beijinhos e boa viagem
Enviar um comentário