Inspirada pela M., que me fez lembrar de um filme de que gostei e de um poema que ouvi vezes sem conta... que acho que já o sei de cor! Além disso, recordações de uma sesssão de cinema em Oviedo, num dos passeios por Espanha, que tão depressa quero repetir. Dá um friozinho...
Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo,
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidosen un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos...
9 comentários:
:) estava indecisa se deixava esse o video ou o que pus, porque gosto muito de ouvi-lo a recitar,mas optei pela minha cena preferida.é arrepiante.
Adorei este filme, porque aborda um tema dificílimo com a maior dignidade e sem os rodriguinhos habituais. E, além, disso, tem o Javier Bardem! Mesmo imóvel é bom... actor.
;)
M. obrigada pela sugestão... também adoro a cena que puseste, mas este poema...
Ana, também adorei o filme e gostei da aborgagem. Aquele quarto é o mundo dele e isso sufoca-nos também...
beijinhos
O filme é mesmo muito bom. Obriga-nos a olhar a morte de frente e isso já é olhar a vida mais de frente.
Já que a Ana elogia - e bem! - o Bardem, deixem-me lembrar o realizador, Alejandro Amenábar. São dele o arrepiante Tesis e o inquietante Abre los ojos, ambos com outro exclente actor, Eduardo Noriega. Gostei particularmente do segundo, no qual tudo, mas mesmo tudo (incluindo a Penélope) é melhor do que no remake feito pelo Tom Cruise, Vanilla Sky (que suponho que muito mais gente tenha visto...).
Amenábar, como Isabel Coixet, Agustín Díaz Yanes, Fernando Fernán-Gómez, David Trueba, Javier Fesser e muitos outros são a prova de que o cinema espanhol não é só Almodóvar (y no lo digo porque no sea fán, Pedro!).
Pelo que, querida sereia ibérica, passearemos por Espanha quando queiras, com cineminha romântico e tudo. Te quiero
Não conheço o Abre los Ojos, Pedro. Mas, como não gostei nada do Vanilla Sky, agora fiquei com curiosidade. Hei-de procurá-lo no video. Tens razão: o cinema espanhol está de boa saúde e recomenda-se! Cada vez melhor, aliás.
Beijos aos dois pombinhos ibéricos (vivos, e não assados...)
Ontem estive com os autores deste "Cais", do "Codornizes", do "Espaço Azul...." Só faltou a artifície do "Porta do Vento". A quase todos faltou-me dizer que é um privilégio e uma necessidade, lê-los diariamente. Recomendo, aliás, peço que continuem. Certo?
Pedro: ainda bem que lembraste esse filme! E sim, há bom filme espanhol... vamos passar a tarde a ver alguns?
Madrinha, vale a pena ver o Abre los Ojos... mesmo. Muito obrigada pelos beijinhos... os pombinhos enamorados agradecem.
Miguel: ontem acabámos por estar pouco, mas obrigada! Gosto dessa codorniz que tanto passa por aqui, e gosto de ovos que ela põe lá no seu ninho! O espaço azul lá anda muito solarengo e o Porta do Vento, um dos meus favoritos (sempre depois do codornizes!) tem umas brisas e umas rajadas que ora me fazem pensar, ora me fazem rir. Sou brisa assídua e também gosto da artifíce...
O que toca aqui a este cais, podes descansar que eu vou continuar...
beijinhos aos três
Olá, Miguel, Sofia e Pedro. Agradeços as vossas palavras e insisto com o Miguel: se és, como dizes, um leitor diário de blogs, de que é que estás à espera para ganhar balanço e ter o teu próprio? Não só escreves bem como tens muito para dizer! E cá estaremos todos para te ler, podes ter a certeza.
Um beijo
ana
LOL Ana, no dia a segui a dizeres-me isso no teu blogue eu já tinha o meu! Assim nasceu o cais. E aqui ando, há quase um mês... nem acredito!
Miguel, segue os conselhos da Ana... gostava de poder ler as tuas coisas. Também gosto do que escreves, por isso ficamos à espera! Prometo leitura assídua e publicidade gratuita aqui neste cais... de amigos, que vão sendo cada vez mais! Beijinhos e vê lá se te aventuras!
Um apelo aos mais tímidos, que me comentam por e-mail: vá lá, só custa à primeira!
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