Sobre abraços e sobre cais... sobre as asas que nos erguem no ar e que nos levam a bom porto...
Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
(...)
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
9 comentários:
Abrunhosa. Uma não-voz que diz tanta coisa. Um talento que maravilha e desilude em iguais doses. Um romântico, claro, não sem a sua ponta de cabotinice. Onde é que eu já vi isto?
Esta é para ouvir abraçadinhos... beijinhos
ainda ninguem aqui fez a piada-f�cil do cais:revista dos sem abrigo. se calhar l� no fundo somos todos sem-abrigo.
Só tu! Já me tinha lembrado disso e desejei que não fizessem essa piada, por ser fácil, por mais nada! Mas olha vou ver o que eles andam a publicar, pode ser que venha a escrever sobre isso! Obrigada pela dica 'querida' amiga...
beijinhos
Concordo com o Pedro, completamente: gosto e não gosto do Abrunhosa em partes iguais. Acho que ele é bom letrista e bom compositor (mas não sempre), e nem sempre me convence como intérprete(mesmo sem saber cantar, às vezes até gosto). Enfim, irregular como quase todos os artistas. Mas tem canções inesquecíveis. O pior é que o acho irritantíssimo como pessoa, mais um ego insuflado até ao infinito.
Cais lembra-me sempre porto de abrigo, e de facto faz todo o sentido, é bom sabermos que temos um lugar, alguém onde podemos estar, sabendo que estamos seguros (e será que a segurança existe?, é claro que sim!).
Obrigado pelo teu Cais, Sofia, e obrigado por "me" deixares atracar nele!
Gosto de Pedro Abrunhosa, mas já agora aproveito para partilhar contigo esta letra que adoro do Tiago Bettencourt, esta canção diz-me muito!
Há qualquer coisa de leve na tua mão
qualquer coisa que aquece o coração
há qualquer coisa quente quando estás
qualquer coisa que prende e nos desfaz
fazes muito mais que o sol
a forma dos teus braços sobre os meus
o tempo dos meus olhos sobre os teus
desço nos teus ombros p'ra provar
tudo o que pediste p'ra mudar
fazes muito mais que o sol
tens os raios fortes a queimar
todo o gelo frio que construí
entras no meu sangue devagar
e eu a transbordar dentro de ti
tens os raios brancos como um rio
sou quem sai do escuro p'ra te ver
tens os raios puros no luar
sou quem grita fundo p'ra te ter
fazes muito mais que o sol
quero ver as cores que tu vês
p'ra saber a dança que tu és
quero ser o vento que te faz
quero ser o espaço onde estás
deixa ser tão leve a tua mão
para ser tão simples a canção
deixa ser as flores o respirar
para ser mais fácil te encontrar
fazes muito mais que o sol
vem quebrar o medo vem
saber se há depois
e sentir que somos dois
mas que juntos somos mais
quero ser razão p'ra seres maior
quero te oferecer o meu melhor
quero ser razão p'ra seres maior
quero te oferecer o meu melhor.
Um beijinho Sofia!
Quequedenoz... que amor, o teu nome! E a música é uma das que anda agora comigo... Ando com ela na cabeça... beijinhos e muito obrigada pelo teu comentário. Passa sempre por aqui, porque terás sempre um lugar onde aportar. Que te tragam aqui as marés.
Sempre querida! De facto as pessoas destinguem-se umas das outras por alguma razão!, entraste e ficaste também tu no meu cais. Passámos algumas tardes juntas enquanto esperavas deliciosamente pelo teu coração. Vou relembrar-te, sou uma ex-colega da mais recente "codorniz" que orgulhosamente partilhou momentos com este e o seu antecesor!, "ó tempo, volta para trás!".
Um dia partilho contigo a história de quequedenoz!
jikinhas
Estou ansiosa para ouvir essa história! Se soubesses o que os blogues nos revelam e nos trazem... há custa disso já ganhei muitas coisas boas... até uma madrinha, vê lá tu! Também tenho saudades desses tempos, dessas esperas ansiosas e das entregas de cremes! Lembro-me bem de ti e tenho saudades... beijinhos a todos
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