sábado, 13 de outubro de 2007

Fim-de-semana é para ganhar coragem

Amanheceu hoje o sol no campo, a sua luz veio poisar sobre os montes e os vales já amarelados do Verão. Hoje, o Outono esconde-se nas folhas amarelas, naquelas já caídas das suas árvores... mas o sol saiu à rua e veio poisar no mar, em jeito de Verão. Hoje, o sol vai pôr-se mais cedo, mas ainda assim pôr-se para lá do horizonte de qualquer cais... telvez do meu... 'a vida é feito de pequenos nadas', de pequenos raios de sol que nos acordam numa manhã de Outono fazendo-nos crer que aindá é Verão!


Ouvi dizer que quase tudo vale pouco
quem o diz não vale mesmo nada
porque não julguem que a gente
vai ficar aqui especada
à espera que a solução
seja servida em boião
com um rótulo: Veneno!
é para tornar desde pequeno
às colheradas a vida é feita de pequenos nadas

9 comentários:

Anónimo disse...

Nada pior que o rotineiro
correr dos dias iguais,
em que parece
que um íntimo nevoeiro
nos domina até não mais
e entorpece.

O melhor, ao acordar,
é não saber de agenda nem programa
e ficar na cama,
que é afinal o lugar
mais indicado a quem ama.

Depois, pela tarde fora
- visto que a manhã já era
e nem deu pela demora -,
importa tão-só a espera
do que a noite há-de trazer,
quando vier.

E quem disser o contrário
chegou fora do horário.

(Fora de horas - Torquato da Luz)
;)

Mário disse...

A partir de terça de madrugada, "o espaço azul entre as nuvens" espera por si.
Em www.nuvemazul.blogspot.com

Mário Pipopó

PS: já vi que tenho identidade! Obrigado, Sofia

Anónimo disse...

Sorry: www.azulnuvem.blogspot.com

Caso contrário vão ter a um blog de uma brasuca que não tem nada a ver comigo, juro!

Anónimo disse...

Que belo poema...
És um grande contributo para as poesias deste blogue... não só com o teu fantástico poema dos repolhos, mas com outros que nos trazes e nos dás a conhecer.

Eu também acho que o melhor é ficar na cama, que eu adoro a ronha da manhã... ficar a preguiçar, a ouvir música, a ler poesia... Pena que a mim me faltem, como digo sempre, 'o engenho e a arte' para a escrever... mas gosto de a ler, de a fazer com a imaginação, ou com a vida...

beijinhos

MC
aguardamos ansiosos essa nuvem azul e esperemos que ao lado dela brilhe sempre um sol radioso!

beijinhos

Anónimo disse...

Não tenho a menor dúvida de que fazes poesia com a imaginação e com vida, e não tenho assim tanta certeza assim de que não sejas capaz de fazê-la também com palavras. Vá lá, fico à espera de um voo mais ousado...

Beijinhos

Anónimo disse...

o poeta é um fingidor...

Anónimo disse...

Obrigada pelas tuas palavras madrinha. Eu já ando a dar uns voos, mas baixos, para não cair de muito alto!

Amigo anónimo que bom tê-lo de volta! O poeta é um fingidor que 'chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente', mas também chega a sentir a dor que deveras finge! Não lhe parece?

Anónimo disse...

"O poeta é um fingidor" é de uma tal Manuela qualquer coisa, acho eu... pelo menos está publicado no livro dela como original... será ela um heterónimo do Pessoa?

Sofia K. disse...

Já nem me lembrava dessa grande poeta de uma qualquer terra de forcados. Qual é mesmo a terra dela? Belo poema esse o dela, mas o do Pessoa é melhor!Onde posso comprar a sua obra completa?

beijinhos