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Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Nota: fotografia roubada, sem autorização, do Porta do Vento.
7 comentários:
Por isso com teus gestos me vestiste
a poesia a poesia...
as melhoras.sai do molho*
Já saí!
A poesia sabe bem!
beijos
Sabe, pois... e os poemas da tua homónima vestem-te tão bem! Beijo.
Um dos mais belos poemas da Sophia.
Gostei de atracar aqui...
O nu da alma em palavras vestidas de
amor.
Belo.
Beijinho e as melhoras.
Roubei-te os versos de Santa Teresa D'Ávila ( por razões óbvias)
Obrigada e desculpa o atrevimento.
Huck, a Sophia é para mim a poesia da luz, da cal, do branco, do mar e da espuma das ondas1 Sabes como gosto!
beijo
CNS, obrigada pela visita! Sophia tem sempre estas dádivas poéticas para nos dar!
Mateso, rouba o que quiseres e comenta sempre porque eu gosto da poesia que paira nos teus comentários.
beijinhos às duas
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