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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Recordando o Galeto

Mais de um ano depois, voltei a entrar no Galeto, voltei a sentar-me no mesmo lugar e a comer a mesma coisa: sopa de tomate gratinada e uma dose de batatas fritas. Pela minha cabeça passearam-se as memórias dos Domingos ali passados a jantar com o Avô. Quase que revi inteiramente cada um de nós, ali sentado. As omoletes com batatas fritas e o melhor esparregado do mundo. O pão em tostas pequenas e cheio de patê de sardinha e de atum. O gelado de pistachio e um número infinito de Coca-Colas. O jantarmos todos juntos, memórias de uma infância feliz. Seguiam-se os passeios pelos túneis da Avenida: do Campo Pequeno ao Grande, sempre em alta velocidade, para fazer borboletas na barriga, fazendo-nos rir sem parar... para um lado e para o outro, uma e outra vez e mais outra!

Mais tarde, já era depois das noitadas que nos encontrávamos ali, com o Avô, que nunca deixou de ter idade para lá estar até fechar. Lembro-me do sorriso com que nos recebia, mesmo sabendo que, naquele dia, a conta iria quadriplicar, mas tínhamos direito a pedir tudo... e lá vinham o bitoque, a sopa, as batatas fritas, as imperiais...

Hoje voltei lá, depois de uma noitada, depois de um concerto da Teresa Salgueiro. No caminho de casa, fiz marcha atrás e soube, imediatamente, que tinha de voltar ali, porque é um sítio tão especial, tão meu. Estava cheio, mas os nossos lugares ainda estavam vazios, como que à nossa espera... sentámos e recordámos... o Avô, os serões ali passados, as conversas que tivemos, mas houve uma coisa que me fez sorrir muito: a imagem daquele sorriso com que nos recebia! Muitos dizem que tenho um igual ao dele... nunca acreditei muito nisso, mas hoje, acho que estava igualzinho!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Homenagem a Dragomir Knapic

Faz hoje um ano que dissémos o último adeus àquele que foi, antes de tudo, um professor e um mestre para todos. Além das suas aulas e dos seus alunos, para cada momento, havia sempre uma história de Portugal, um pormenor do mundo, o nosso peso em cada planeta do Universo. Depois, foi pai, mas, mais que tudo, avô - o melhor do mundo. Lembro-nos a correr pela Barata Salgueiro, com o sorriso que só um avô pode ter. Para nós, era sempre o que quiséssemos, mesmo que isso significasse tudo... Corríamos juntos em pequenos e, quando crescemos, todos, continuámos a caminhar lado a lado. Hoje, um ano passado, lembramos com saudade, mas com lembranças felizes, um avô e de um professor que não vamos esquecer.

Para lembrar, uma música que lhe dedicámos, na voz da neta mais 'maluca' de todas, a Ana.




Quando Deus te desenhou ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar do amor
(...)
Papai do céu na hora de fazer você
Ele deve ter caprichado pra valer
Botou muita pureza no seu coração
e a sua humildade fez chamar minha atenção
tirou a sua voz do própolis do mel
e o teu sorriso lindo de algum lugar do céu
e o resto deve ser beleza exterior
mas o que tem por dentro para mim tem mais valor