La maternidade - Baltasar Lobo
Faço-te um berço e guardo-te nos meus braços, quando te seguro no ventre. Pontas dos dedos que procuram desvendar cada parte do teu corpo - um pé, uma mão, a cabeça.
Desenho-te um rosto imaginado, uma pose possível e fico apenas a contemplar-te por detrás da pele que ainda nos separa. Estendo-te a mão e vens ao nosso encontro. Canto-te para adormeceres e navegas no mar onde ainda pertences. Jogas ao toca-e-foge, para um lado, para o outro... até cairmos no sono mais profundo, onde os nossos sonhos se encontram. E assim ficamos até ao amanhã, num abraço fechado, até despertares num soluço matinal.
5 comentários:
Que coisa tão bonita, Sofia! Fiquei comovida... um dia o Limãozinho vai adorar ler estas palavras!
(e com os genes do pai e da mãe, não vai demorar muito a aprender a ler, aposto...)
Muitos beijinhos, barriguda.
:)
Ana, tem-me dado para estas coisas, ando cada vez mais apaixonada pela minha barriga e a aproveitar enquanto a tenho... faltam 80 dias, ou menos, para o 'milagre'. Aí nascerá outra maravilha, mas desconfio que vou ter saudades desta!
beijinhos
Belíssimo texto, Sofia, como muitos outros dos que vais escrevendo.
E tens mais fãs na família, fica sabendo.
abraços
;-)
É mesmo assim que me sinto.
beijinhos
E mais uma pérola para partilhar.Esta com outras quase futuras mães da minha vida :o)
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