É já hoje a partida para terras do sul, mas parece que as horas não passam, que os ponteiros não avançam. É sempre assim. Quando queremos que o tempo passe, ele não passa, quando o queremos eternizar, ele acelera e corre veloz contra os nossos ventos e marés. Temos de o saber contornar, ou enfrentar de espada em punho.
Vou para a praia e para um sol que espero que não fique entre as nuvens, ou escondido em manhãs de nevoeiro. Quero a sombra da espreguiçadeira para pôr as leituras em dia, uma mesa de esplanada virada ao mar, num fim de tarde, para ressuscitar a correspondência. Os jantares no pátio num quase verão quente, ou uns jantares até quase a madrugada. E acabar a dançar numa qualquer pista até ser dia.
Bom fim-de-semana a todos e até Domingo!
(O Extremo Sul - José Miguel Wisnik, roubado à Porta do Vento, sem autorização, para comemorar um ano de ventos e brisas!)