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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Um Domingo

Um Domingo
Passar um fim de semana em Lisboa é um acontecimento! Como tal, começa desde sexta-feira o frenesim para disfrutar de tudo. Palmilhar as ruas sem a pressa semanal, sem a agitação e sem movimentos alucinantes de carros e pessoas que não passeiam, mas correm sem parar, de um lado para o outro, e de novo para um lado.

Sábado: acordar tarde, saber que se pode dormir sempre mais e que lá fora nada nem ninguém nos espera. Não há pressa, apenas a alegria de ficar a ler, a preguiçar... ou a adormecer entre duas torradas.

Ontem foi Domingo e acordei desejosa de tomar o pequeno-almoço em Sintra! Foi mesmo a primeira coisa que me passou pela cabeça. Desejo de sentir aquele frio da serra, aquele nevoeiro matinal, aquele cheirinho e o sabor dos travesseiros. Passear pelas ruas, por entre as árvores, por baixo delas e ter a certeza de que é Outono. Amareladas, encarnadas, acorderosadas... Passear por entre as ruas e subir até Seteais, só para ver a paisagem enquadrada naquela moldura que nos parece sempre nova, sempre diferente!

Ontem foi Domingo e as ruas de Sintra estavam enevoadas pelos assadores de castanhas, as pessoas riam e conversavam, andavam em passo de passeio e deambulavam por ali, como se nas suas cabeças também os pensamentos deambulassem, sem norte, sem ritmo, apenas ao ritmo de um Domingo que ainda tardava em acabar. Passear pela serra até Cascais, ir vendo o mar em cada curva, passar no Guincho, onde a areia sempre varrida estava pontilhada de surfistas e banhistas corajosos, junto de um mar que de tão verde me fazia lembrar uns olhos, com uma espuma branca, branca de pureza inicial, coberto por um céu, abóbada azul onde se faziam erguer papagaios de papel. Nele ainda havia um sol de fazer cerrar os olhos e de deitar lágrimas ao canto.

Um dia perfeito de Outono, em que o sol veio visitar o vento e o frio, a neblina e o nevoeiro e que, ao fim da tarde, se despediu de nós numa janela do Restelo, onde lá ao fundo se pôs no rio. Há dias em que sabemos que vamos ser felizes... fomos!