O País do Carnaval, o primeiro romance de Jorge Amado. Um daqueles livros que começam com aquelas frases que nunca esqueceremos, mas foi poucos parágrafos mais à frente que descobri um excerto que me apaixonou e que até agora não me deixou largar o livro...
Já descrera da felicidade. No fundo, entretanto, Paulo Rigger sentia que era um insatisfeito. Compreendia que faltava qualquer coisa na sua vida. O quê? Não o sabia. Isso torturava-o. E dedicava toda a sua vida à procura do Fim.
“Sim, murmurava no tombadilho, olhando as ondas, porque toda vida deve ter, necessariamente, um Fim... Qual?”
Mas o mar, indiferente, não lhe respondia. O sol que morria desenhava no horizonte paisagens berrantes. O sol foi o primeiro cubista do mundo...