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terça-feira, 27 de maio de 2008

Embirro solenemente com...


Pede-me a minha amiga Cleo, do Páginas, que confesse algumas das minhas embirrações de estimação. Não sou de grandes embirrações, mas há umas que quase me causam urticária.

1) As tunas a cantar A mulher gorda, dentro daquele terrível traje e naquelas cerimónias, com os caloiros a lamberem-lhes os pés e as capas mais porcas do que sei lá o quê... fico doente!

2) Embirro com os programas de opinião pública, já que é raro alguém dizer alguma coisa que valha a pena ouvir... perda de tempo!

3) Embirro com as conversas de sala de espera do consultório, de paragens de autocarro, de jeovás que nos abordam na rua: A menina gosta de ler? Eu sou a luz na sua vida... Respondo sempre que sou analfabeta! Não tenho paciência!

4) Não aguento a incompetência e falta de educação em supermercados, restaurantes e cafés. Protesto sempre, reclamo! A educação é bonita e eu gosto!

5) Não aguento faltas de respeito pelas pessoas que têm lugares prioritários no autocarro, no comboio ou no metro! Porque de repente, quando eu entro, todos lêem o jornal, fingem que dormem, abraçam-se às pernas e queixam-se das maleitas todas e eu é como se não existisse! Se os motoristas guiassem bem, ainda se aceitava, mas no autocarro quase voo de uma ponta à outra! O mesmo se passa, quando chego a uma caixa prioritária, no supermercado, avanço para ser atendida e alguém reclama, atrás: Se não pode esperar na fila, não venha às compras!, quando aquela caixa me dá prioridade e há outras que não dão! Ainda não me comecei a rebelar, mas dêem-me mais uns dias...

6) Embirro com a X, com a Y e com a Z e com o M, o H e o B. Bem sei que às vezes chego a ser desagradável, mas não sou capaz de o esconder... é mais forte do que eu! Porque não aguento engraçadinhos, armados aos cucos, mal educados, mesquinhos, falsetes, pretensiosos, enjoadinhos, maldosos...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Seria isto e aquilo.

A Ana pôs este desafio no Porta do Vento e hoje, como estou muuuuuiiiiitoooooooo bem disposta, resolvi pegar nele. Se eu fosse isto e se eu fosse aquilo, nunca seria uma coisa só, para quem me conhece sabe que gosto de ser tudo ao mesmo tempo. Como se costuma dizer... quem não me conhecer que me compre!

Se eu fosse um dia da semana, actualmente seria uma segunda-feira de manhã, ou um Sábado à tarde.

Se eu fosse um número, seria o 7, o 14 e o 21, por causa da canção... ‘sete e sete são catorze...’

Se eu fosse uma flor, seria uma ‘azeda’, daquelas que crescem bravias no campo, ou um malmequer branco, simples mas bonito!

Se eu fosse uma direcção, seria... não seria. Sou uma bússola descontrolada que vai ao sabor do vento.

Se eu fosse um móvel, seria... uma cadeira de baloiço em frente à lareira, com uma pilha de livros à volta, o gira-discos ligado e a janela aberta.

Se eu fosse um quadro, seria... ‘Mujer en la ventana’, de Salvador Dalí, mas na versão loira, sempre.

Se eu fosse um líquido, seria uma caipirinha ou um mojito.

Se eu fosse um pecado, seria… quase todos... pecar é bom!

Se eu fosse uma pedra, seria… uma pedra que andaria a passear pela areia.

Se eu fosse um metal, seria… ouro branco, pela elegância.

Se eu fosse uma árvore, seria… um jacarandá ou uma pereira em flor.

Se eu fosse uma fruta, seria… um morango, daqueles bem carnudos. Uma laranja também me ficava bem.

Se eu fosse um clima, seria… por onde passassem todas as estações, com aviso prévio.

Se eu fosse um instrumento musical, seria… um piano de cauda, numa sala grande, tocado por crianças.

Se eu fosse um elemento seria… a água.

Se eu fosse uma cor, seria… verde ou azul.

Se eu fosse um animal, seria… um coala, apetece-me. Mas uma andorinha também não me importava.

Se eu fosse um som, seria… o do vento, do cair da chuva e das ondas do mar revolto.

Se eu fosse uma canção seria… Tes Gestes de Reggiani. (Não fui eu que descobri, mas esta é mesmo verdade).

Se eu fosse um perfume seria… uma água de colónia de bebé ou o Comme des Garçons.

Se eu fosse uma comida, seria… um travesseiro de Sintra, alguém tem dúvidas?

Se eu fosse um cheiro, seria… o cheiro das compotas a fazer na panela, nas tardes de Outono.

Se eu fosse uma palavra, seria... saudade e maresia (‘Metade da minha alma é feita de maresia’ – Sophia de Mello Breyner Andresen)

Se eu fosse um verbo, seria… amar, amar, amar e amar... amor ardente.

Se eu fosse um objecto seria… uma panela de pressão, se isto se tratasse do que eu sou e não do que gostaria de ser. Mas preferia ser um barco à vela... Pensei dizer um espelho, mas depois estava a ser muito sincera.

Se eu fosse uma peça de roupa seria… uma carteira, umas sandálias brasileiras com uma cunha altíssima e uma mini-saia... ou um mini-bikini.

Se eu fosse uma parte do corpo, seria… os olhos que me fascinam ou umas mãos viajantes.

Se eu fosse uma expressão, seria… um sorriso ou um brilho do olhar.

Se eu fosse um desenho animado, seria… a Sininho do Peter Pan, com o meu feitio, não há dúvidas.

Se eu fosse um filme, seria… A Música no Coração e mais não digo.

Se eu fosse uma forma, seria… um losango, como na crónica do Lobo Antunes.

Se eu fosse uma estação do ano, seria… a Primavera e o Outono, pelas folhas nascidas e pelas caídas.

Se eu fosse uma frase, seria… um provérbio japonês: se caíres sete vezes, levanta-te oito!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Insignificãncias

Pede-me a Ana da Porta do Vento que diga '6 insignificâncias' sobre a mim. Confesso que a tarefa é um pouco difícil, por ter de escolher só seis (não sou batoteira como ela!) e porque é também um desafio revelador... digamos que são as minhas taras e manias!!!
1 - Não ponho açúcar no café, no chá, no leite, no galão mas mexo sempre com uma colher... manias.
2 - Posso passar horas quieta a ver o mar, ou deitada na areia a ouvi-lo. Às vezes tenho a sensação que sou capaz de não pensar em nada. Esta é mesmo a minha melhor terapia para a alma. O mesmo se passa com o pôr-do-sol, que se reinventa a cada dia, em cada sítio.
3 - Tenho alguns pesadelos e falo durante a noite, respondendo a tudo aquilo que me perguntam. Quando quiserem saber os meus segredos, já sabem, sou sincera! Mas, às vezes, quando custa mesmo muito para voltar a adormecer, toco uma das caixinhas de música que me deu a Madrinha e acalmo.
4 - Gosto de ler a última página dos livros antes do fim (às vezes contenho-me!) e de reler o último capítulo muitas vezes, quando o final é triste... sempre na esperança de que o fim se altere como por magia. Ainda não me aconteceu! Os jornais esses leio sempre do fim para o príncipio, mania que sempre critiquei na minha mãe. Quando leio uma coisa de que gosto, costumo escrevê-la num caderninho... já tenho tantos... E às vezes passo horas a ler essas memórias.
5 - Gosto de cozinhar, mas sou a maior aldrabona no que toca a medidas, ingredientes e receitas, mas saio-me quase sempre bem. Gosto de cozinhar tudo, de inovar e há dias em que acordo com desejos de ser chefe de uma cozinha! Mas acho que ficaria obesa!
6 - Só duas coisas me fazem levantar da cama a meio da noite - uma fome incontrolável (omelete doce, travesseiros, torradas com manteiga e açúcar) e desejos de ler um poema que me paira na cabeça. O poema é mais saudável!
Passo o desafio à Mad., à Cleo e ao Imperador, à SF, à Sammia e ao Bruno.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

As 12 palavras...

Pede-me a Ana que nomeie as minhas 12 palavras preferidas. Tarefa difícil, confesso. Elas são os brinquedos da nossa língua, que se enrola e desenrola numa dança dentro da boca para as fazer nascer, ou de um par de dedos que as desenha no papel, ou pontas deles que saltitam entre os quadrados do teclado, como se fizessem nascer uma melodia das teclas de um piano. Mas as palavras também nascem na nossa imaginação silenciosa, no olhar e no sorriso.
Aqui fica a minha selecção...

mar
horizonte
poema
onda
íntimo
abraço
desejo
silêncio
solidão
malabarista
amante
pairar





Passo o desafio à Mad., à Cleo, à Marta, à Sammia, à M., à Clarinha, à SF, à Addiragram , ao Huck, ao Bruno, ao Miguel e um pedido especial ao Torquato, para que faça um poema com as suas doze palavras.