quarta-feira, 12 de março de 2008

Seria isto e aquilo.

A Ana pôs este desafio no Porta do Vento e hoje, como estou muuuuuiiiiitoooooooo bem disposta, resolvi pegar nele. Se eu fosse isto e se eu fosse aquilo, nunca seria uma coisa só, para quem me conhece sabe que gosto de ser tudo ao mesmo tempo. Como se costuma dizer... quem não me conhecer que me compre!

Se eu fosse um dia da semana, actualmente seria uma segunda-feira de manhã, ou um Sábado à tarde.

Se eu fosse um número, seria o 7, o 14 e o 21, por causa da canção... ‘sete e sete são catorze...’

Se eu fosse uma flor, seria uma ‘azeda’, daquelas que crescem bravias no campo, ou um malmequer branco, simples mas bonito!

Se eu fosse uma direcção, seria... não seria. Sou uma bússola descontrolada que vai ao sabor do vento.

Se eu fosse um móvel, seria... uma cadeira de baloiço em frente à lareira, com uma pilha de livros à volta, o gira-discos ligado e a janela aberta.

Se eu fosse um quadro, seria... ‘Mujer en la ventana’, de Salvador Dalí, mas na versão loira, sempre.

Se eu fosse um líquido, seria uma caipirinha ou um mojito.

Se eu fosse um pecado, seria… quase todos... pecar é bom!

Se eu fosse uma pedra, seria… uma pedra que andaria a passear pela areia.

Se eu fosse um metal, seria… ouro branco, pela elegância.

Se eu fosse uma árvore, seria… um jacarandá ou uma pereira em flor.

Se eu fosse uma fruta, seria… um morango, daqueles bem carnudos. Uma laranja também me ficava bem.

Se eu fosse um clima, seria… por onde passassem todas as estações, com aviso prévio.

Se eu fosse um instrumento musical, seria… um piano de cauda, numa sala grande, tocado por crianças.

Se eu fosse um elemento seria… a água.

Se eu fosse uma cor, seria… verde ou azul.

Se eu fosse um animal, seria… um coala, apetece-me. Mas uma andorinha também não me importava.

Se eu fosse um som, seria… o do vento, do cair da chuva e das ondas do mar revolto.

Se eu fosse uma canção seria… Tes Gestes de Reggiani. (Não fui eu que descobri, mas esta é mesmo verdade).

Se eu fosse um perfume seria… uma água de colónia de bebé ou o Comme des Garçons.

Se eu fosse uma comida, seria… um travesseiro de Sintra, alguém tem dúvidas?

Se eu fosse um cheiro, seria… o cheiro das compotas a fazer na panela, nas tardes de Outono.

Se eu fosse uma palavra, seria... saudade e maresia (‘Metade da minha alma é feita de maresia’ – Sophia de Mello Breyner Andresen)

Se eu fosse um verbo, seria… amar, amar, amar e amar... amor ardente.

Se eu fosse um objecto seria… uma panela de pressão, se isto se tratasse do que eu sou e não do que gostaria de ser. Mas preferia ser um barco à vela... Pensei dizer um espelho, mas depois estava a ser muito sincera.

Se eu fosse uma peça de roupa seria… uma carteira, umas sandálias brasileiras com uma cunha altíssima e uma mini-saia... ou um mini-bikini.

Se eu fosse uma parte do corpo, seria… os olhos que me fascinam ou umas mãos viajantes.

Se eu fosse uma expressão, seria… um sorriso ou um brilho do olhar.

Se eu fosse um desenho animado, seria… a Sininho do Peter Pan, com o meu feitio, não há dúvidas.

Se eu fosse um filme, seria… A Música no Coração e mais não digo.

Se eu fosse uma forma, seria… um losango, como na crónica do Lobo Antunes.

Se eu fosse uma estação do ano, seria… a Primavera e o Outono, pelas folhas nascidas e pelas caídas.

Se eu fosse uma frase, seria… um provérbio japonês: se caíres sete vezes, levanta-te oito!

8 comentários:

João Paulo Cardoso disse...

Se eu fosse do SIS lia bem este post e apontava tudo num caderninho preto.

Beijos.

MariaV disse...

Tem graça, quanto te conheci achei-te igual à Sininho! Afinal também te reconheces!
Beijinho

ana v. disse...

Perfeito auto-retrato, miúda. Reconheço-te em quase tudo isso.
beijinhos

Sofia K. disse...

Com esta entrada lá se vai a minha reputação!

JP, ainda bem que não és...
MariaV, jura? Dá assim tanto nas vistas? O meu pai chamava-me assim. Quando amuava, cruzava os braços, fazia cara feia e batia com o pé! Às vezes ainda faço isso. Estão sempre a dizer-me: tens cá um feitiozinho!!!
beijo enorme

Av, e apesar de tudo és minha amiga! Valente! Mas também se fosse perfeita, não tinha graça nenhuma! beijos

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

voilá!
Gostei de ler e conhece-la melhor.

beijinho

Dona Betã disse...

Tirando a história das "mãos sapudas de menino" que nunca mais me contaste, és tal e qual como eu te imaginava: a Sofia cuja amizade é boa de se guardar.

Ficaste muito bonita na fotografia.
Gostei de te ver.

Beijo e bom fim de semana

SF disse...

Algumas coincidências...

Sofia K. disse...

A sério Júlia? Achei que ia deixar de ter visitas no blogue... ;)
beijinhos

Ai, JG, desculpa a demora, mas a história já lá está na tua caixa de e-mail! Obrigada pelas tuas palvras e por me reconheceres na fotografia!

beijinhos

SF, acredito que não serão as manhãs... Mas ainda bem que há coincidências! ;)
Beijinhos